A importância de conhecer bem o orçamento familiar

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Na actual situação pandémica a instabilidade financeira começa a ser afectar muitas famílias. Agora, mais do que nunca, é bastante importante que cada agregado familiar avalie a sua própria situação financeira, identificando a necessidade de fazer ajustes, quer em termos orçamentais, quer em termos de objetivos.

O orçamento familiar é a melhor ferramenta para organizar e disciplinar a sua vida financeira! É um instrumento imprescindível para que a família saiba se goza de uma boa saúde financeira ou não.

Na crise que atravessamos, que certamente se agravará a curto prazo, todos os elementos da família devem saber onde e como se está a gastar o dinheiro. É fundamental saber economizar nas compras, trocar conselhos e dicas para saber como  poupar, economizar e  até multiplicar o dinheiro. Para realizar estes exercícios, a família deverá cumprir estas etapas:

a) Avaliar a sua real situação financeira;
b) Identificar os gastos a eliminar;
c) Identificar quais são os gastos indispensáveis que poderão ser minimizados;
d) Compreender se tem capacidade financeira para contrair mais uma dívida de crédito ou contratar um novo serviço.

Em termos muito práticos, a família,  munida de papel e caneta ou utilizando uma folha de Excel no computador de casa, deverá com toda a transparência:

Anotar as receitas
Para a maioria das pessoas, o salário constitui a fonte de rendimentos mais importante. Portanto, há que anotar todos os montantes líquidos, o dinheiro, que entra em casa e que permite sustentar todo o bem estar financeiro do agregado.

Anotar as despesas
Uma grande parte dos rendimentos mensais é absorvida de imediato pelo pagamento da renda ou da prestação do crédito à habitação, das faturas da eletricidade, da água e do gás, da alimentação e dos transportes. São os encargos fixos, que pouco ou nada variam de um mês para outro.

A diferença entre os rendimentos e as despesas é o saldo mensal do agregado familiar. Mas os efeitos da pandemia desequilibram esta operação. Os rendimentos estão a diminuir e as despesas indispensáveis, nomeadamente com os serviços de primeira necessidade – eletricidade, água, gás e alimentação – a subir.

Reservas para o inesperado
Estamos a viver o inesperado. É este o momento de activar as reservas feitas a pensar no “futuro”. Pensamos sempre que é importante ter reservas para uma doença, uma alteração no nosso emprego ou até uma reparação indispensável no carro.

Se o agregado conseguiu um pé-de-meia deve ponderar a sua utilização para fazer face às falhas de rendimentos.

Se não tem uma almofada financeira e está a avaliar a possibilidade de pedir um empréstimo para fazer face a estes imprevistos, informe-se muito bem. Esclareça todas as dúvidas e aconselhe-se. É certo que terá de pagar juros sobre o montante emprestado. Além disso, ficará com o encargo adicional da dívida.  Pode pedir apoio à associação de defesa do consumidor da sua região. Consulte aqui os contactos das organizações de consumidores que falam a língua portuguesa. 

 

 

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