Erradicação da Pobreza: mais do que um dia uma urgência

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Assinala-se hoje, 17 de outubro, o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, data que tem como objetivo consciencializar a sociedade e os governos de todo o mundo para o elevado número de pessoas que ainda vivem em extrema pobreza, expostos à miséria, fome crónica e violência.

Esta efeméride foi comemorada oficialmente pela primeira vez em 1992, com o objetivo de alertar a população para a necessidade de defender um direito básico do ser humano. A 5 anos de se cumprir a agenda 2023, acabar com a pobreza extrema está no centro dos esforços mundiais para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e construir um futuro sustentável para todos. No entanto, o objetivo de não deixar ninguém para trás não se tornará realidade se não apoiarmos primeiro os mais vulneráveis.

O primeiro Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS 1) foca-se na erradicação da pobreza extrema em todo o mundo, que afeta as pessoas que vivem com menos de 1,25 dólares por dia, até 2030.

Embora o número, em termos mundiais, de cidadãos que vivem em extrema pobreza tenha diminuído, a redução da pobreza global foi desacelerando até quase parar e a expectativa é que a década 2020-2030 seja uma década perdida. Atualmente, 8,5% da população mundial vive em extrema pobreza de acordo com as Nações Unidas.

Acabar com a pobreza extrema está no centro dos esforços mundiais para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e construir um futuro sustentável para todos. No entanto, o objetivo de não deixar ninguém para trás não se tornará realidade se não apoiarmos primeiro os mais vulneráveis, como as crianças e os idosos.

As crianças têm o dobro da probabilidade dos adultos de viver em pobreza extrema. A pobreza condena muitas crianças a dificuldades constantes ao longo da vida e perpetua uma transferência intergeracional de privações. Além disso, se não formos mais ambiciosos, as crianças de hoje viverão com as consequências devastadoras das alterações climáticas.

Das zonas de conflito ao ciberespaço, do trabalho forçado à exploração sexual, o número de consumidores e famílias em luta pela sobrevivência é ainda muito constrangedor. Se considerarmos uma linha de pobreza mais relevante para os países de renda média alta (US$ 6,85 por pessoa ao dia), 44% da população mundial vive na pobreza. Devido ao crescimento populacional, o número de pessoas nesse grupo quase não mudou desde 1990.

No ritmo atual de progresso, seriam necessárias algumas décadas para erradicar a pobreza extrema, e mais de um século para que todos passassem a ganhar mais de US$ 6,85 por dia. O progresso estagnou devido a diversos choques e padrões de crescimento que não permitiram que os mais pobres se recuperassem. A pandemia de Covid-19 deixou marcas profundas e a pobreza extrema nos países mais pobres ainda está acima das taxas pré-pandemia. A pobreza
permanece concentrada em lugares que, historicamente, enfrentam fragilidade e crescimento económico baixo.

Neste Dia Internacional, a CONSUMARE compromete-se a trabalhar em conjunto com outras organização para que se alcance o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável #1 e uma globalização justa que resulte para todas as crianças, famílias e comunidades.

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